Matéria escura, energia escura e nossos limites sensoriais


Avaliando o estado de agregação das galáxias, percebeu-se que era necessário mais massa do que a massa detectável, cerca de 75%, para que a força gravitacional mantivesse as galáxias da maneira como estão, de certo modo compactas: postulou-se a matéria escura.
Avaliando o estado acelerado com que as galáxias e aglomerados se afastam entre si, postulou-se que deveria haver algum tipo de energia além da energia produzidas pela luz visível e pela massa atômica da matéria visível, (cerca de 95% a mais) para justificar tal movimento de afastamento entre as galáxias: postulou-se a energia escura (além de se descartar a hipótese do big "crash").

Acerca da nossa incapacidade em detectar a natureza da matéria e da energia escura, podemos cogitar, por analogia, a limitação de nosso sistema sensorial em captar determinados tipos de luz ou som. Por exemplo nossa visão não capta a luz abaixo do vermelho (infra-vermelho), nem acima do violeta (ultra-violeta), mas ela existe e afeta nosso mundo. Nossa audição não capta infrassons (20 hertz) nem ultrassons (a partir de 20 000 hertz). Nesse ponto morcegos e cães nos superam.
Então podemos conjeturar que a substância da matéria e energia escuras, que na verdade são coisas aparentemente distintas e independentes, possa não ser acessível diretamente aos nossos sentidos. É possível que seus traços sejam passíveis de ser captados ou traduzidos por algum aparelho que possamos vir a criar, ou ainda, mesmo não gostando da ideia, ela possa estar em outras dimensões a que não temos acesso.


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